A Confederação Brasileira de Remo (CBR) divulgou esta semana a lista de atletas e técnicos convocados para a primeira etapa de treinamento das categorias paralímpicas ASM e ASF (Single Skiff masculino e feminino), visando à participação no Sul-Americano de Remo, de 25 a 28 de abril, no Rio de Janeiro.
A novidade da equipe é Silvan Braga, do Pinheiros (SP), que treinará ao lado da companheira de clube Cláudia Cícero Santos e de Luciano Luna de Oliveira, do Bandeirantes (SP), dois dos oito representantes do Brasil nas Paralimpíadas de Londres, onde conquistaram o quarto e o sexto lugares, respectivamente.
Dona da primeira medalha de ouro individual do remo adaptável brasileiro em um Campeonato Mundial, na Alemanha, em 2007, Cláudia Santos foi campeã do CRASH-B de remo indoor ano passado, nos Estados Unidos. Já o bicampeão paulista e brasileiro Luciano Luna conquistou o ouro na Copa do Mundo em Belgrado, na Sérvia, em 2012.
Além dos três, foram chamados para este primeiro estágio os técnicos José Paulo Lima (Pinheiros) e Acácio Lemos (Bandeirantes). Outros 12 atletas e um técnico das categorias TA e LTA, masculino e feminino, treinarão de 2 a 13 de abril em Florianópolis, para formação das guarnições do país na Regata Internacional de Gavirate, em maio, na Itália.
O remo paralímpico divide os atletas segundo diferentes tipos de deficiência, classificados pela capacidade funcional em referência aos membros usados para a propulsão do barco. Os remadores da classe A (arms) utilizam os braços e disputam o Single Skiff; os da TA (trunk and arms) usam tronco e braço e são elegíveis para o Double Skiff, enquanto os classificados como LTA (legs, trunk and arms) usam perna, tronco e braço e podem compor o Quatro Com, no qual a tripulação é mista, com pessoas com deficiência física e visual, sendo um de cada gênero.
As principais diferenças em relação ao remo convencional estão nos barcos. No Single Skiff, o assento é fixo e com encosto, enquanto no Double o assento também é fixo mas o encosto é opcional. O Quatro Com usa o mesmo tipo de barco das provas convencionais, mas a distância, como nas demais do remo adaptável, é de 1.000 metros.
A Federação Internacional de Remo (FISA) defende que o remo adaptável seja incluído no programa de provas dos eventos convencionais, como nos mundiais, o que ocorrerá no próximo Sul-Americano com as provas ASF e ASM.