Remo se despede da Paralimpíada com calor da torcida

Renê Pereira recebe o carinho da torcida (Foto: Remo em Voga)

Renê Pereira recebe o carinho da torcida
(Foto: Remo em Voga)

Os remadores brasileiros não foram ao pódio nos Jogos Paralímpicos este domingo, mas ganharam um prêmio tão valioso quanto qualquer medalha: o carinho da torcida. Com 6.430 ingressos vendidos – número superior aos 6.047 das finais Olímpicas no mesmo local – o último dia de provas de remo na Lagoa Rodrigo de Freitas foi marcado pelo encontro de ídolos pouco conhecidos com um público inédito na modalidade.

“Realmente fico muito feliz com o carinho recebido e por representar meu país, chegando a uma final Paralímpica um ano depois de estrear no circuito internacional”, comemorou Renê Campos Pereira, que terminou em sexto no Single Skiff AS (braços e ombros) Masculino. “Isso mostra que tenho muito a evoluir, mas preciso de condições, pois praticamente só treino em remoegômetro, já que não tenho um barco oficial nem estrutura”, desabafou o baiano de 36 anos,  atleta do Clube de Natação e Regatas São Salvador, cercado de crianças e adultos pedindo autógrafos e fotos.

O apoio da torcida mexeu também com a veterana Cláudia Silva, que disputou sua terceira final no Single Skiff AS Feminino em três edições do remo nos Jogos Paralímpicos. Ela repetiu o sexto lugar obtido em Pequim-2008, após ficar em quarto em Londres-2012, mas com uma dose extra de emoção ao cruzar a linha de chegada com a torcida gritando seu nome, mesmo distante do pódio. “Com certeza deu pra ouvir essa torcida maravilhosa”, disse Cláudia, também cercada pelo público após a prova.

“O barco é a maior dificuldade, já que a gente não treina com o mesmo barco em que compete. Quem sabe agora a gente consegue”, reivindica a paulista, campeã Mundial da prova em 2007, que treina no Pinheiros, em São Paulo, e já faz planos para competir em Tóquio-2020, quando terá 43 anos.

Dona da única medalha Paralímpica do Brasil na modalidade, o bronze conquistado com Elton Santana em Pequim-2008, a catarinense Josiane Lima, atleta do Aldo Luz, encerrou sua terceira participação nos Jogos com vitória na final B do Double Skiff TA (tronco e braços) Misto, ao lado de Michel Pessanha, de Barra Mansa, que rema no Flamengo. Fora da disputa por medalhas por 10 centésimos de segundo na repescagem, eles superaram guarnições de Austrália, Isarael, Estados Unidos, Letônia e Japão para conquistar o sétimo lugar na classificação geral.

Como no remo Olímpico, a Grã-Bretanha também dominou o quadro de medalhas da modalidade nos Jogos Paralímpicos, com ouro em três das quatro provas disputadas – Single Skiff As Feminino (com Rachel Morris, que estabeleceu novo melhor tempo Paralímpico com a marca de 5m13s69), Double Skiff TA Misto e Quatro Com LTA Misto – e um bronze.

A Ucrânia quebrou a hegemonia britânica no topo do pódio com a vitória de Roman Polianskyi, que também registrou o melhor tempo Paralímpico no Single Skiff AS Masculino, com 4m39s56, melhorando em mais de 5 segundos a própria marca estabelecida na estreia, sexta-feira.

Resultados das finais
Quadro de medalhas
Posição final por prova
Melhores tempos

Memória
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Uma resposta para Remo se despede da Paralimpíada com calor da torcida

  1. Cláudio mota disse:

    O REMO PARALÍMPICOS. UMA GRANDE RENOVAÇÃO. ATLETA. UMA IDADE. QUE TOKIO 2020. CHEGAR UMA IDADE. 40ANOS
    REMO TER MAIS TRANSPARÊNCIA. PARALIMPICO.

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