Fabiana Beltrame, Cláudia Santos, Beatriz Cardoso e Uncas Tales Batista. Estes são os nomes que marcaram o remo brasileiro em 2013, num equilíbrio entre atletas consagrados e jovens revelações de olho nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
Eleita pelo COB a melhor atleta de remo do país pelo quarto ano consecutivo, a catarinense Fabiana Beltrame, de 31 anos, ampliou sua coleção de conquistas internacionais com uma medalha de ouro e outra de bronze em duas etapas da Copa do Mundo, em julho e junho, respectivamente. Campeã Mundial em 2011, Fabiana ficou em quarto lugar no Campeonato deste ano, em agosto, na Coreia do Sul, onde a paulista Cláudia Santos, de 36, ouro no Mundial Indoor em 2012, obteve o melhor resultado brasileiro, com bronze no para-remo.
Mesmo sem medalha, a carioca Beatriz Cardoso, de 18 anos, companheira de Fabiana no Flamengo e na Seleção Brasileira, entrou para a história com o quinto lugar no Mundial Júnior, na Lituânia, em agosto, a melhor colocação brasileira na competição desde 1979. Bicampeã sul-americana no Double Skiff Feminino Júnior, em abril, no Rio de Janeiro, ao lado de Vitória Blanes, do Paulistano, Beatriz conquistou em outubro os títulos brasileiros no Skiff Feminino Sub-23
, no Double Skiff Feminino Sênior
, com Yanka Britto, e no Skiff Feminino Júnior A
. Ela ainda ficou em 14º no Mundial Sub-23, sendo a mais nova das 19 atletas inscritas no Single Skiff feminino.
No masculino, o destaque foi o mineiro Uncas Tales, de 17 anos. Campeão sul-americano no Double Skiff Júnior, com Guilherme Gomes, em abril, ele ganhou outro ouro continental no Single Skiff nos I Jogos Sul-Americanos da Juventude, no Peru, em setembro. Nos Campeonatos Brasileiros Sênior e Júnior, venceu as cinco provas que disputou: Skiff Masculino Sub-23 Peso Leve
, Skiff Masculino Sub-23
, Double Skiff Masculino Júnior A
, Skiff Masculino Júnior A
e Oito Com Masculino Júnior A
.
Remador do Botafogo, Uncas contribuiu para a conquista do título estadual após 49 anos pelo alvinegro, campeão de Terra e Mar no Rio de Janeiro pela segunda vez na história. Com seu quinto título em 116 anos da competição esportiva mais antiga em disputa no Brasil, o Botafogo tornou-se o único clube do país campeão em três séculos: (1899, 1960-62-64 e 2013). A força do grupo, que tem os também campeões sul-americanos Bianca Miarka, no Single Skiff Feminino, e Ailson Eráclito, no Single Skiff Peso Leve
, deu ao clube o título dos campeonatos Brasileiro de Sênior e de Júnior, este em polêmico empate com o Flamengo.
Na Bahia, o Vitória também fez história ao conquistar o 12º campeonato consecutivo, superando o próprio recorde de 11 títulos em sequência (1943 a 1953). O rubro-negro baiano foi também o clube que mais ganhou provas na Copa Norte-Nordeste (sete), garantindo ao estado o título da principal competição regional do país. Vice entre os clubes nordestinos, o Náutico garantiu por antecipação o título pernambucano, tendo como vice a estreante Liga Pernambucana de Remo e Canoagem.
Os estaduais no Espírito Santo e no Pará foram marcados pela hegemonia do Saldanha da Gama, heptacampeão capixaba, e do Remo, tetra no paraense. O mesmo ocorreu no Rio Grande do Sul, onde o Grêmio Náutico União, terceiro colocado nos Brasileiros Sênior (com a única vitória de um clube de fora do Rio, no Dois Sem Masculino Sênior) e Júnior (vitórias no Dois Sem Feminino Jr.A
e no Quatro Sem Masculino Jr.A
), venceu a Copa RS e o Campeonato Estadual de Base e Máster. Em Santa Catarina, o domínio foi do Francisco Martinelli, vencedor de 15 provas nas três etapas da Copa Catarinense de Remo, enquanto em São Paulo o título estadual ficou com Paulistano.